segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Retrospectiva Mostras – Dois Irmãos – Primeira Noite


   
A Antiga Igreja Matriz foi o espaço no qual os alunos de Dois Irmãos receberam a comunidade para prestigiar seus trabalhos, que se dividiram em duas noites de espetáculos. Na primeira noite, três grupos apresentaram seus trabalhos: Variação, Os Malukinhos e Cine Teatro.  Foi uma noite muito especial, pois as atuações dos grupos surpreenderam o público presente.
A organização desse espaço começou cedo, e o Cine Teatro, grupo anfitrião da mostra, esteve presente em toda organização do evento, auxiliando e tornando divertido todo esse processo. Quem chegou no espaço à noite, não reconheceu a transformação. Por ser um patrimônio histórico, tivemos todo um cuidado com a Igreja Matriz, transformando sem danificar. Aliás, essa característica torna o projeto bem quisto nos locais em que apresenta suas mostras. Na portaria, alunos recebiam as pessoas com o programa da noite e nos intervalos clipes culturais chamavam a atenção do público presente. Aliás, murais com fotos, exposição dos troféus dos alunos, folder com a programação da noite e clipes nos intervalos já são características das Mostras da Fábrica de Sonhos, que auxiliam o evento a ser especial e inesquecível.
Abriu a noite o grupo Variação e o espetáculo O Doente Imaginário. Mesmo com as inseguranças da estreia o grupo mostrou muita qualidade. O Variação existe há cinco anos e tem em seu currículo montagens como Arlequim, servidor de dois Patrões e Romeu e julieta. O Doente Imaginário, obra do francês Jean Baptiste Molière, chamou a atenção do público pela narrativa da história e pela madura atuação do grupo, que nesse ano se reformulou e ainda está em processo de coesão.
Na versão do grupo, a rotina de um grupo de atores é alterada com a notícia de que o diretor não virá, pois ficou doente. Diante dessa situação, eles decidem brincar durante o ensaio com as histórias dos grandes mestres da dramaturgia. O texto escolhido dessa vez foi O Doente Imaginário, uma homenagem ao diretor. Os atores nos contam a história de Argan, um velho hipocondríaco que decide casar sua filha com um médico e receber as vantagens desse "negócio". Destaque para o universo construído em cena, no qual cenário, iluminação, trilha sonora e figurinos convergiam de forma muito criativa para o espetáculo. Destaque também para a atuação de Aryela Molina, como Toninha.
Depois disso entrou em cena o grupo Os Maluquinhos, e a sua versão da montagem Escola de Monstros. O grupo formou-se nesse ano e, mesmo sofrendo muito com um processo cheio de faltas e atrasos, conseguiu entrar em cena e mostrar um bom trabalho. A peça, construída através de um processo de jogo e improvisação dirigida, expõe uma escola tradicional durante a noite vira uma escola de monstros. Esse segredo, guardado a sete chaves pela mestra monstruosa, vaza e dois alunos decidem tirar essa história a limpo. O Diretor monstruoso vai sair de férias eternas e dará o colar da monstruosidade ao monstro que for capaz de capturar os meninos. O problema é que como os monstros são alunos, eles ainda têm muito a aprender.
Para fechar a noite, o grupo anfitrião, Cine Teatro, apresentou a montagem Fica Ficando. Esse grupo tem como característica a coesão desenvolvida durante o processo de montagem. O grupo é muito unido e a peça reflete as características do grupo. Como comenta a aluna Daiane Kaiser: “A peça é a cara do Cine”.  Difícil destacar apenas uma pessoa dentro desse grupo, pois é uma soma de esforços e dedicações que dão a cor que o Cine tem. Cor essa que dá vida ao grupo. Destaque para a atuação da Aline Flesh Hessler, que arrancou palmas do público durante a cena em que a vó do Bg vai acordá-lo. Também é destaque atuações como as de Sthéphane Rodrigues e Daiane Kaiser.
Na montagem Helena reencontra seu diário, e com ele muitas lembranças. Entre elas a história de como conheceu o seu primeiro amor. Ela volta ao passado e revive suas descobertas e incertezas: paixões avassaladoras, festas, o último dia de aula, encontros e desencontros, a sensação de que o mundo não a entende e de que nem ela mesmo se entende. Fica Ficando aborda o universo em que garotos e garotas podem descobrir que as perguntas e respostas de um são, muitas vezes, as perguntas e respostas do outro.  
A primeira noite de mostras em Dois Irmãos foi surpreendente. Os grupos foram muito bem sucedidos dentro de suas especificidades. Espero que essa experiência com teatro, cheia de trabalho de grupo, compreensão e evolução interfira positivamente na vida de cada um desses alunos/atores.
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